Crítica | É Tudo a Mesma Cidade (2023)
Quando decide-se contar uma história algumas escolhas precisam ser tomadas . Primeiramente, deve-se sair do senso comum , se afastar da narrativa central e observar de forma imparcial todos os pontos de vista pertencentes àquela historia. Nesse momento, o contador de histórias opta por qual será a perspectiva utilizada para apresentar ao mundo determinado universo. É Tudo a Mesma Cidade (2023) , desenhando de forma nítida os contornos de seu personagem principal, é um filme que compreende isso. O curta nos apresenta Ronaldo Batista de Sales — Magão, personalidade que poderia preencher dezenas de minutos de película, ao levar-se em consideração a importância do nome dele para o Rio Grande do Norte e para o carnaval do Brasil. Entretanto, de forma consciente e minimalista o roteirista e diretor Júlio Oliveira decide por abordar um olhar sobre Magão que não seria manchete em um tabloide. Na década de 80 Magão fundou o bloco carnavalesco Ala Ursa do Poço de Sant’Ana — o bl...